
Síndrome de Quimera
Autor: MAX MALLMANN
112 pp. | 14x21 cm
Assuntos: Ficção – Romance/Novela, Ficção Nacional
Selo: Editora Rocco
Impresso
ISBN: 85-325-1170-8
Preço: R$ 23,00
As personagens de Síndrome de quimera, a novela de Max Mallmann, são absolutamente normais, dessas que o leitor encontra na rua, no ponto de ônibus, no cinema, nas festas, no estádio de futebol, no trabalho. Mas também são um pouco diferentes, "quase nada". O narrador Viktor sofre de um mal particular: enrodilhada ao seu coração, há uma serpente, com um guizo na ponta da cauda, que lhe causa apertos e angústias. Já seu melhor amigo Bruno – com o qual Viktor resolve abrir um café-livraria chamado A Quimera – costuma desenroscar a tampa da cabeça, retirar o cérebro e o colocar numa bacia para descansar. Depois bebe cerveja (metade bebe, metade derrama em cima do cérebro) e assim alivia a tensão do dia-a-dia. Entre livros de Stevenson, Borges, Kafka e Mário Quintana, eles vão levando a vida numa Porto Alegre contemporânea e fantástica.
Entram em contato com pessoas tão "normais" quanto eles, mas que possuem pequenas manias e anomalias: o freguês que precisa recarregar a bateria pondo o dedo no soquete de luz; a moça feia cuja pele é de fibra de celulose e por isso se alimenta de livros; o amigo que se transformara numa esponja humana cheia de água salgada e algas; e a linda mulher cujos olhos brilhavam no escuro como um casal de vagalumes… Tudo corre bem até que Viktor é seqüestrado por asseclas do Senhor das Inclemências e descobre um terrível segredo sobre seu passado.
Um dos expoentes da nova geração de escritores gaúchos, Max Mallmann conseguiu uma química rara em Síndrome de quimera: misturou realismo mágico com o melhor do suspense, amarrados em diálogos cortantes. Além disso, em cada página do livro, escrito em deliciosa linguagem coloquial e metafórica (com rasgos de erudição), perpassa um humor fino, muito sutil. O autor nos convida a rir de nós mesmos, dos nossos medos e desejos e a perceber que não existe apenas uma única realidade.

O AUTOR
Max Mallmann nasceu em 1968, em Porto Alegre (RS). Estreou na literatura aos 20 anos com Confissão do Minotauro (IEL/IGEL 1989). Em 1997, recebeu o Prêmio Açorianos, concedido pela prefeitura de sua cidade natal, pelo romance Mundo bizarro. Pela Rocco, publicou Síndrome de quimera, finalista do prêmio Jabuti, Zigurate – Uma fábula babélica (2003) e os romances históricos O centésimo em Roma (2010) e As mil mortes de César (2014), que acompanham a saga do anti-herói Publius Desiderius Dolens na Roma antiga com uma narrativa repleta de ação, ironia e humor. Roteirista da TV Globo, fez parte do time de redatores da novela Coração de estudante e de séries como Malhação, Carga pesada e A Grande Família. Faleceu em novembro de 2016, no Rio de Janeiro, onde vivia desde 1998 com a mulher, a também escritora Adriana Lunardi.