
Reviravolta
Autor: GUSTAVO BERNARDO
148 pp. | 14x21 cm
Assuntos: Ficção – Romance/Novela, Ficção Nacional
Selo: Editora Rocco
E-book
Preço: R$ 15,50
E-ISBN: 978-85-64126-16-9
Na noite de seu aniversário de 7 anos, Pedro, protagonista de Reviravolta, novo livro de Gustavo Bernardo, ganha um irmão de mesmo nome. Passa a se chamar Pedro Velho – seu irmão, Pedro Novo. O aniversário dos irmãos é também data da morte da mãe dos meninos e de uma irmã, natimorta. Pedro Novo e Pedro Velho, num jogo de espelhos, passam a viver, a partir de então, num tempo próprio, que se expande e dilata, encolhe e se estreita de acordo com as leis de uma física que é científica.
Na casa dos Pedros, perde-se a chave do cadeado da porta, os vizinhos desaparecem e ninguém sente a necessidade de sair para a rua. É sempre noite. A festa junina da noite de 17 de junho de 1962 se repete, sem cessar, com o passar dos anos. E, entretanto, o tempo passa. A narrativa vai e volta e se reencontra como num desenho elíptico de Escher.
“Ao invés de desdobrar os eventos, a reviravolta os redobra de fora para dentro e forma um sistema de hierarquias entrelaçadas. Nas reviravoltas aninhadas uma sombra se dobra sobre a coisa que provoca, um laço enlaça a si mesmo por dentro”, diz o autor nas páginas deste romance sensorial.
Com a morte da mãe e da irmã e o nascimento do irmão, Pedro Velho vive a sua primeira reviravolta. A segunda acontece com a descoberta do amor e do sexo, aos 16 anos. Em sua essência, Pedro Velho é o mesmo, mas muda. Ele envelhece, mas continua criança. O tempo passa, mas fica estático. Na mesa da sala de casa, o pai dos Pedros procura insistentemente no rádio o resultado de um jogo da noite de junho de 1962, mas o resultado não chega porque a noite nunca acaba. Com uma lógica própria que dispensa explicações, personagens entram e saem da vida da família, provisões aparecem – quentões, canjicas e outras delícias sem fim – sem que, no entanto, a noite termine.
O narrador desta epopéia elíptica nos conta a história de um futuro muito distante, depois do tempo em que novos paradigmas foram criados e seres humanos usavam computadores – ou inteligência não-biológica – implantados no cérebro. É o tempo, paralelo ao tempo, dentro do tempo. Um mergulho nesta obra faz o tempo parar.