Capa de O Dilema Americano

O Dilema Americano

Autor: FRANCIS FUKUYAMA

200 pp. | 14x21 cm

Tradução: Nivaldo Montigelli Jr

Assuntos: Ciência Política/Relações Internacionais

Selo: Editora Rocco

Impresso

ISBN: 85-325-2093-6

Preço: R$ 32,00

O nome de Francis Fukuyama se tornou conhecido mundialmente no fim da década de 80, quando ele afirmou, em O fim da História e o último homem, que todos os Estados caminhavam para a democracia liberal. Agora, em O dilema americano, o autor mostra os motivos que levaram os EUA a fracassarem na tentativa de impor ao Iraque essa democracia, através de uma guerra. Contrário ao modo pelo qual o governo de George Bush tomou as rédeas da política externa após os atentados terroristas de 11 de setembro, Fukuyama explica como os princípios neoconservadores, aos quais sempre foi identificado, desvirtuaram-se nessa tentativa — que se tornou o argumento central de Bush quando já não se podia justificar a guerra pela existência de armas de destruição em massa.

Seguindo a linha de pensamento neoconservador, Fukuyama mantém sua defesa de uma mudança dos regimes ditatoriais e continua a acreditar numa tendência à democracia. Mas, em O dilema americano, o cientista político mostra que os EUA não respeitaram esse processo natural, sendo extremamente otimistas quanto à possibilidade de uma guerra rápida e de uma fácil instauração da democracia liberal no Iraque. O autor faz um retrospecto da atuação americana em conflitos externos, mostrando como seu apoio a transições democráticas só foi eficaz quando as sociedades internamente desejavam essas mudanças.

Profundo conhecedor dos assuntos do Oriente Médio, Fukuyama demonstra que a ameaça do radicalismo islâmico, a que chama de jihadismo, foi superestimada pelos EUA. Ele questiona as decisões que levaram à Guerra do Iraque levando em conta não apenas uma situação conjuntural, de repúdio internacional ao governo Bush, mas um contexto histórico da política externa americana desde a Segunda Guerra Mundial. Em O dilema americano, Fukuyama dá ao leitor uma visão aprofundada das origens do jihadismo, das diferentes correntes de pensamento político nos EUA no século XX, e do papel das instituições internacionais no mundo globalizado.

Além de fundamentar seu ponto de vista, o autor confronta o próprio pensamento com o de importantes teóricos que defenderam outros modos de atuação norte-americana. Fukuyama expõe a história do neoconservadorismo, com seu surgimento a partir de intelectuais anticomunistas, seu auge durante o governo de Ronald Reagan, e sua transformação no governo Bush. Portanto, mais do que expor os motivos pelos quais a guerra preventiva ao Iraque não foi acertada, Fukuyama faz uma análise profunda dos caminhos da democracia, até a virada para o século XXI, e de seus possíveis rumos daqui para a frente.

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O AUTOR

 Nascido em 27 de outubro de 1952, o americano Francis Fukuyama é professor de economia política internacional da Paul H. Nitze School of Advanced International Studies, na Johns Hopkins University, nos EUA. Entre 1996 e 2000, ele foi também professor de políticas públicas na George Mason University. Seu primeiro livro, O fim da história e o último homem (1992), figurou nas listas de mais vendidos de diversos países, como EUA, França, Japão e Chile, tendo ganhado o Los Angeles Times’ Book Critics Award e o Premio Capri (Itália). Especialista em questões políticas e militares da Europa e do Oriente Médio, Fukuyama já integrou o Conselho de Planejamento Político do Departamento de Estado norte-americano. Atualmente, ele é membro do Conselho Presidencial de Ética em Biotecnologia, dentre diversos outros títulos e cargos de prestígio internacional.

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Matéria publicada no Megazine