Na era da internet, redes sociais e afins, uma menina com um diário é raridade. E este foi o presente que Pandora ganhou de sua mãe, com o intuito de incentivar a adolescente – e internauta – a exercitar a caligrafia. A princípio, a ideia não lhe agradou muito, porém, como uma tagarela nata, Dora percebeu que o caderninho rosa e meigo seria de grande utilidade para registrar seus pensamentos, sentimentos e tudo o que acontece em sua vida; ou quase tudo, afinal, ela sabe que sua mãe irá fiscalizar.

A protagonista da série de Drica Pinotti, iniciada com A caixinha de Pandora, está de volta com muita história para contar nas páginas deste precioso diário. Precavida, a menina usa substâncias químicas poderosas para preservá-lo dos possíveis olhos curiosos do namorado Rogerinho, do Cadu e do seu irmão e, já nas primeiras páginas do livro, adverte: “Meninos, afastem-se deste diário imediatamente!” Dora tem quase quinze anos e, de acordo com o que a sua idade – ou o seu pai – permite, ela tem um quase-namorado. Rogerinho tem 17 anos e já está na faculdade. Ela entende que é muito nova para se envolver em um relacionamento sério. No momento, Dora julga mais proveitoso investir na promissora carreira de radialista do grêmio estudantil. Além de todos os problemas da adolescência que Dora tem de superar, a menina tem de aprender a lidar com outras questões no âmbito familiar e na escola.

A menina tem uma mãe superantenada e neurótica com a causa ecológica; um pai atento e inflexível, principalmente quando se trata de assuntos afetivos; um irmão mais novo prodígio e muito curioso; colegas de escola invejosas; algumas invejadas; e um turbilhão de emoções. A propósito, como revelam alguns capítulos desta história, o pequeno gênio de seis anos assume um importante papel em determinados momentos conturbados da vida da protagonista.

Depois de muita aventura, Dora se certifica: “No próximo ano, eu vou começar um novo diário e não apenas para melhorar a minha caligrafia, mas para expressar minhas emoções.” O diário de Pandora e as confusões do primeiro amor é um livro escrito para meninas, mas que, certamente, os meninos também irão querer dar uma espiadinha – afinal, abrir o diário alheio às vezes é uma tentação!

Autora do bestseller “De menina a mulher”, em que oferece dicas valiosas para as pré-adolescentes enfrentarem as mudanças dessa fase com segurança e alto-astral, Drica Pinotti envereda pela ficção nesta série Pandora e segue conquistando cada vez mais leitoras. Entre amores, preocupações, brigas, ciúmes e micos, a simpática protagonista criada por Drica revela angústias e incertezas compartilhadas por muitos adolescentes.

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