Capa de Lá não existe lá

Lá não existe lá

Autor: TOMMY ORANGE

304 pp. | 14x21 cm

Tradução: Ismar Tirelli

Assuntos: Ficção – Romance/Novela

Selo: Editora Rocco

Impresso

ISBN: 978-85-325-3111-7

Preço: R$ 49,90

E-book

E-ISBN: 978-85-812-2738-2

Tommy Orange escreveu uma nova espécie de épico americano. –  The New York Times
Um mergulho profundo na comunidade indígena urbana da Califórnia:
uma surpreendente estreia literária!
– Margaret Atwood 
Lá não existe lá cai sobre nós como um trovão: o grande, estrondoso,
explosivo som da literatura do século XXI anunciando a si própria. Essencial.
– Marlon James, autor de Uma breve história de sete assassinatos
Estreia literária do americano descendente de indígenas Tommy Orange e um dos livros mais aclamados de 2018 (o New York Times publicou um artigo com o título “Sim, o novo romance de Tommy Orange é mesmo isso tudo”), Lá não existe lá chega ao Brasil pela Rocco e apresenta ao leitor uma narrativa exuberante e inovadora sobre identidade, tradição e tragédia. Pelos olhos de diversos personagens, “índios urbanos” da Califórnia cujas histórias vão convergir no Grande Powwow de Oakland, Orange mostra uma América (do Norte, mas que também faz refletir bastante sobre a do Sul) que muitos se recusam a enxergar.
Powwow é um evento tradicional da cultura indígena norte-americana que promove a integração entre grupos por meio da música. Ou, nas palavras de Tony Loneman, “a gente se veste de índio, com penas e miçangas e tudo. A gente dança, canta e bate um tambor grande, compra e vende troços de índio tipo joias e roupa e arte”. Tony não vai perder o Grande Powwow de Oakland: pretende assaltá-lo com uma arma impressa em 3D. Já Dane Oxendene estará lá para honrar a memória do tio, morto recentemente. Jacquie Red Feather parou de beber e pretende voltar a Oakland durante o encontro. E Opal Viola Victoria Bear Shield vai ver o sobrinho Orvil apresentar pela primeira vez uma dança que aprendeu no YouTube.
Todos eles são índios, todos eles nasceram numa grande cidade. São mais íntimos do som da rodovia que dos rios, do uivo dos trens que dos lobos, do cheiro da gasolina que do cedro, da visão dos prédios que das sequoias. “Andamos de ônibus, trens e carros através, sobre e por debaixo de planícies de concreto. Ser índio nunca teve relação com retornar à terra. A terra é toda parte e parte alguma”, escreve o autor. Todos eles procuram uns aos outros e a si mesmos.
Tommy Orange, que vem mencionando Clarice Lispector como uma de suas maiores influências literárias – já disse que A hora da estrela é seu livro preferido –, foi buscar em outra grande escritora, Gertrude Stein, a referência para o título do romance. Assim como ele (e os personagens de seu romance), Stein passou a infância em Oakland, Califórnia. Anos mais tarde, após uma visita ao lugar, escreveu: “Lá não existe lá”. “Ela se referia a como a cidade tinha se desenvolvido e estava irreconhecível. Usei a frase para fazer um paralelo à experiência dos nativos americanos e ao ‘lá’ da terra antes de ela ser colonizada, se desenvolver e ter fronteiras”, explicou o autor numa entrevista ao jornal britânico The Guardian.
Com urgência, ritmo e muita sensibilidade, Orange tece uma história que junta lirismo, beleza, crueza e desolação. Lá não existe lá é um livro sobre seres humanos que foram impostos a uma realidade estereotipada, anacrônica, artificial; sobre índios que cresceram vendo seus semelhantes sendo trucidados pelo revólver de John Wayne, salvos pela dança de Kevin Costner e representados por um ator italiano chamado Iron Eyes Cody; sobre a dificuldade de se construir um futuro quando não há passado.
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O AUTOR

Tommy Orange graduou-se recentemente pelo programa MFA do Instituto de Artes In- dígenas Americanas. Recipiente das bolsas McDowell, 2014, e Writing by Writers, 2016. Membro inscrito das Tribos Cheyenne e Arapaho de Oklahoma, nasceu em Oakland e vive atualmente em Angels Camp, no estado da Califórnia.

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