Existem mais coisas em comum entre o jogo e a vida do que possa supor nossa vã filosofia. E é esta a premissa que Deepak Chopra, autor de bestsellers como O caminho para o amor e Como conhecer Deus, constrói em sua nova obra: Golfe – Sete lições para o jogo da vida. Dessa vez, o médico e filósofo indiano radicado nos Estados Unidos une a sabedoria hindu à prática do golfe para ensinar as regras básicas para o jogo da vida. Neste lançamento da Rocco, Chopra mostra, em sete lições diretas e bem-humoradas, que a vitória está ao alcance de todos quando, a cada tacada, os trunfos utilizados são o coração, o desapego e a confiança no aqui e agora.

De modo romanceado, Deepak Chopra descreve a trajetória de Adam, o Adão do Jardim do Éden, um homem comum, que após uma terrível rodada de golfe encontra Leela, a jovem e misteriosa professora que lhe propõe, em sete lições, não só uma nova maneira de jogar nos campos de golfe, mas também uma abordagem mais espiritualizada do cotidiano.

Para quem não conhece, o golfe é um jogo cujo objetivo básico é colocar bolas em buracos com o menor número possível de tacadas. E, neste caminho, o objetivo de Leela não é só tornar Adam um mestre do golfe, mas também refinar sua percepção embotada pelos condicionamentos mentais. Adam irá aprender a manter a mente indivisa. Eis a primeira regra: o bom jogador refina sua percepção e sai do estado de distração comum. E este novo modo de ver é aberto e unidirecional. Você tem que ficar de olho na bola, mas não pode ser hipnotizado por ela. É fundamental exercitar a plena atenção e sentir o quanto a mente cria os opostos e que algo além, o espírito, os concilia.

O golfe também se caracteriza por ser um jogo com obstáculos interiores. Portanto, de nada adianta a impaciência ou qualquer outro sentimento que possa distrair o jogador. Na segunda etapa, Adam irá recuperar sua inocência, simplesmente não agindo, sem esforço. Isto será tão crucial no seu aprendizado quanto jogar sem ficar de olho nos resultados. A terceira fase consiste em encontrar o agora, aproveitar plenamente o presente, ficar quieto. A ansiedade e o medo são inimigos, no golfe e na vida. E mergulhar nas regiões escuras da alma ajuda a encontrar o centro e a fluidez que conduz à tacada certeira.

A quarta lição que Adam aprende diz respeito aos sentidos e sentimentos. É preciso alcançar a harmonia interna e a sintonia com o toque exato. E, para que isto ocorra, a percepção interior e o discernimento devem se aliar à visão. E mais: a dita vitória é apenas um detalhe. Na quinta etapa, ele aprende que o jogo envolve o controle da energia e o poder. Estas forças dirigem o universo e também percorrem o corpo do jogador.

Cada vez que jogamos o drama da vida se representa. E alcançar a perfeição ou ser capaz de dar qualquer tacada desejada só acontecerá no momento em que o jogador aprender a se desvencilhar de antigos padrões. Esta é a penúltima lição que Adam aprende. Na sétima, ele será preparado para transcender. Leela o ensina que é o jogo que conduz o jogador e, portanto, não adianta tentar exercer qualquer forma de controle sobre ele.

Em Golfe – Sete lições para o jogo da vida, Deepak Chopra mais uma vez utiliza com maestria o seu conhecimento de hinduísmo, yoga e técnicas de meditação para orientar pessoas que podem ser apaixonadas ou não pelo esporte. À medida que lê e se envolve com o texto, o leitor se familiariza com termos específicos como swing, lic, toc, e as regras da partida, além de ser conduzido para fora do campo, onde o ensinamento do jogo pode aplicado à vida pessoal. Mais uma vez Chopra sublinha que o caminho para a realização humana talvez seja mais simples do que o imaginado. Afinal, no íntimo, jogando ou não golfe, no fundo, todos pressentem:

O AUTOR

Deepak Chopra é autor de mais de cinquenta livros, muitos deles incluídos nas listas dos mais vendidos do New York Times, nas categorias ficção e não ficção. Com obras traduzidas para mais de 35 idiomas, Chopra é fundador e presidente da Aliança para a Nova Humanidade. Indiano radicado nos Estados Unidos desde a década de 1970, ele foi eleito pela revista Time um dos cem heróis e ícones do século.

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