Capa de Fracassinho

Fracassinho

Autor: GARY SHTEYNGART

448 pp. | 14 x21 cm

Tradução: Antônio E. de Moura Filho

Assuntos: Biografia/Memórias/Diários

Selo: Editora Rocco

Impresso

ISBN: 978-85-325-2946-6

Preço: R$ 49,90

E-book

Preço: R$ 29,00

E-ISBN: 978-85-812-2475-6

Shteyngart tem não apenas uma voz distinta, mas também todas 

as contradições das quais é feita a grande literatura

– The New York Review of Books

Junto a piadas e fotos (francamente inacreditáveis), você encontrará sentimentos profundos, 

frases brilhantes e uma história maravilhosa. – Zadie Smith

No final dos anos 1970, o então presidente americano Jimmy Carter fez um acordo com o governo soviético que estimulou a imigração de judeus russos para os Estados Unidos. Igor Shteyngart tinha sete anos. Era um garoto excêntrico e asmático que, de uma hora para a outra, se viu transportado da gelada Leningrado para o turbulento Queens. Seus pais decidiram substituir a entonação russa de “Igor” pelo americano “Garry” – uma tentativa vã de fazer com que o menino levasse menos surras no bairro. No ambiente doméstico, porém, era chamado por outros apelidos. Com a palavra, o próprio autor: “Porque eu vivia doente e com o nariz escorrendo quando criança (e na idade adulta), meu pai me apelidou de Soplyak – Melequento. Minha mãe, que estava desenvolvendo uma fusão interessante de inglês com russo, aprimorou o termo para Failurchka, ou Fracassinho.”

Toques autobiográficos, humor depreciativo, picardia e uma estranha tristeza sempre frequentaram os livros de Gary Shteyngart, reconhecido como um dos mais talentosos romancistas de sua geração. Mas o autor nunca havia ido tão fundo em suas próprias – e hilárias, desconcertantes – histórias quanto em Fracassinho: um registro autobiográfico. Da mesma forma, nenhum título anterior havia sido tão aclamado pela crítica. E leve-se em conta que, em 2007, Gary foi incluído na cobiçada relação de melhores jovens romancistas americanos eleitos pela revista Granta; três anos depois, integraria a lista da New Yorker. Com Fracassinho, o autor conseguiu ainda outro feito importante: alcançar a cobiçada lista dos mais vendidos do The New York Times e fazer do booktrailler do livro um grande sucesso nas redes.

Neste novo romance, Garry conta sua história desde antes mesmo de ser um feto. Ou seja: desde que seu pai, um engenheiro mecânico de classe média, começa a namorar sua mãe, professora de piano de origem aristocrática. A diferença de classes iria tumultuar para sempre a relação. Mas inquietante mesmo é imaginar “como um casal tão bonito possa ter gerado um filho como eu”, diz. A ambivalente relação com os pais vai perdurar durante todo o livro, retratando um intrincado equilíbrio de ternura, admoestação, menosprezo e obsessiva diligência. Também estarão presentes, página a página, a obsessão sexual, a inaptidão com as mulheres, o fracasso profissional e a relação com a literatura, espécie de tábua de salvação.

Seu ponto de partida é um pequeno mistério: um ataque de pânico que o autor-protagonista tem em 1996, quando, folheando um exemplar numa livraria de Nova York, se depara com uma referência à Igreja Chesme, de Leningrado. Que tipo de recordação sobre a infância aquele lugar conseguira despertar, criando uma reação tão extremada, tantos anos depois?

Fracassinho é um testemunho de sofrimento precoce e inadequação permanente. Uma sátira sobre o choque entre culturas e sobre as agruras de ser um tipo esquisitão e autêntico no mundo contemporâneo, tão embotado e severo. Como numa improvável mistura de Woody Allen e Nabokov – com doses mais contemporâneas e menos blasés de um e de outro – Gary faz de sua própria jornada uma divertidíssima obra de ficção, onde empatia e estranheza caminham lado a lado.  

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O AUTOR

Gary Shteyngart nasceu na Rússia, em 1972, e foi para os Estados Unidos aos sete anos. Seu primeiro livro, O pícaro russo, ganhou o Stephen Crane Award na categoria para estreantes e o National Jewish Book Award na categoria ficção. Seus outros dois romances são Absurdistão, considerado o livro do ano pela revista Time, e Uma história de amor real e supertriste, eleito um dos dez melhores do ano pelo The New York Times, ambos publicados pela Rocco. Shteyngart foi indicado pela revista Granta como um dos melhores jovens romancistas americanos e fez parte da lista de 20 escritores notáveis com menos de 40 anos publicada pela The New Yorker

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