
Antônio Conselheiro
Autor: MARCELO BIAR
56 pp. | 14x19 cm
Assuntos: Biografia/Memórias/Diários, Juvenil, Rocco Jovens Leitores
Selo: Rocco Jovens Leitores
E-book
Preço: R$ 13,00
E-ISBN: 978-85-81220-36-9
No ano do centenário de morte do escritor Euclides da Cunha, autor do clássico Os sertões, sobre a Guerra de Canudos, o professor de história Marcelo Biar envereda-se pela ficção para contar a trajetória de um dos mais célebres e fascinantes personagens deste episódio, em Antônio Conselheiro – Nem santo, nem pecador. Messias? Louco? Mártir? Quem, afinal, foi Antônio Vicente Mendes Maciel?
Ilustrada pelas xilogravuras da série Canudos, gravadas entre 1978 e 1998 pelo renomado artista Adir Botelho, a biografia romanceada acompanha os passos do sertanejo nascido em Quixeramobim, no Ceará, que entrou para a história brasileira como Antônio Conselheiro, ícone maior da Guerra de Canudos, ocorrida entre 1896 e 1897, no sertão da Bahia. Um homem de convicções fortes, extremamente religioso, que lançou mão de inteligência, generosidade e honestidade para ajudar os mais necessitados.
Da infância sofrida, marcada pelo convívio com o pai alcoólatra e a madrasta agressiva, passando pelos estudos a que teve acesso – sorte de poucos num Nordeste miserável e povoado por analfabetos – a fim de estar apto a ser ordenado padre, conforme sonhara sua família, até as peregrinações pelo sertão que o levaram ao Arraial de Canudos – nada escapa ao historiador Marcelo Biar fazendo as vezes de romancista neste livro.
Rebatizada como Belo Monte após a chegada do já então Conselheiro e seus seguidores, em 1893, Canudos passou a crescer vertiginosamente, atraindo milhares de camponeses, índios e escravos recém-libertos. Recebendo de braços abertos os desabrigados do sertão e as vítimas da seca com terra e trabalho para todos, sem os castigos impingidos pelos capatazes das grandes fazendas, a comunidade liderada pelo “Bom Jesus” – como Antônio Conselheiro passara a ser chamado – chegou a contar cerca de 25 mil habitantes.
O “lugar santo”, no entanto, acabou incomodando os poderosos de sempre, pois representava uma ameaça aos mandos e desmandos, a todo controle e influência do clero e dos fazendeiros, o que culminou na Guerra de Canudos, com a vitória do Exército da República somente em sua quarta expedição, tamanho o espírito de luta dos “fanáticos” de Conselheiro. Assim fora dizimado um sonho de liberdade, Belo Monte e sua população.
Agora, a trajetória controversa de Antônio Conselheiro chega às mãos de crianças e jovens num livro imperdível, mesmo que o sertão vire mar ou o mar vire sertão.
O AUTOR
Marcelo Biar é carioca, nascido em 1966. Possui graduação em história pela Universidade Santa Úrsula, no Rio, e mestrado em serviço social pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Atualmente leciona em escolas prisionais, pelo magistério público estadual e na Universidade Estácio de Sá, nos cursos de história e pedagogia. Dele, a Rocco publicou Antônio Conselheiro – Nem santo, nem pecador.