Nathalie e François viviam o que se poderia chamar de um amor perfeito. Do encontro casual ao casamento, passando pelos anos de namoro, a vida seguia sem atritos ou atropelos, apenas num mergulho profundo e sutil do conhecimento mútuo. Uma felicidade daquelas que despertam admiração dos que a observam e o medo de quem a vive. Mas, depois de uma manhã de domingo que parecia ser como outra qualquer, uma fatalidade muda o destino dos dois para sempre. Este é o ponto de partida de A delicadeza, oitavo romance do prestigiado autor francês David Foenkinos, no qual o amor – com seus graves e agudos, altos e baixos – dita o ritmo e o tom da história.

Tendo a canção O amor em fuga, de Alain Souchon, como fundo musical, Foenkinos constrói uma comédia sentimental saborosa, conduzida por uma protagonista irresistível: a bela Nathalie, que se apaixonou à primeira vista por François enquanto caminhava nas ruas de Paris. Depois de sete anos de casamento e com um bom emprego numa empresa sueca, a tragédia atravessa a rotina de Nathalie: François é atropelado e morre logo em seguida, deixando a jovem mergulhada numa dor quase insuportável.

E a perdida Nathalie encontra-se, neste caminho em busca por si mesma, com o não menos confuso Markus. Um homem tímido, sem atributos físicos muito favoráveis e que carrega no currículo diversas decepções amorosas. No entanto, contrariando todas as expectativas, é com ele e por ele que Nathalie enfrentará a dor da perda e tentará seguir em frente.

Em A delicadeza, Foenkinos delineia os traços de cada personagem, suas angústias e manias, em uma narrativa permeada por pitadas de humor, contrastando a profundidade da paixão e da solidão com a mesquinhez e superficialidade de normas e contratos sociais.

O AUTOR

Nascido em Paris, em 1974, David Foenkinos é roteirista de cinema e autor de mais de uma dezena de livros, entre os quais os romances O potencial erótico de minha mulher e A delicadeza, que deu origem ao filme A delicadeza do amor, dirigido por ele e pelo irmão, Stéphane Foenkinos, e estrelado por Audrey Tautou. Saudada por público e crítica, sua obra é traduzida em mais de 20 países. 

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