
A Arte de Comandar
Autor: FRANCESCO ALBERONI
168 pp. | 14x21 cm
Tradução: Y. A. Figueiredo
Assuntos: Ciências Sociais E Humanas
Selo: Editora Rocco
Em tempos de guerra ou de paz, exercer o comando e tornar-se responsável por outras vidas é o maior desafio de qualquer líder. Em A arte de comandar, o autor Francesco Alberoni conta os segredos e estratégias necessárias para se tornar um chefe competente, um responsável pai de família, um eficiente dono de empresa ou um governante com fama póstuma. De líderes como Napoleão Bonaparte e Hitler, passando por empresas bem-sucedidas como a Fiat, o autor mostra os desafios que atravessam a carreira de qualquer chefe e as melhores formas de superar os problemas em A arte de comandar .
O livro de Alberoni é dividido em três partes: na primeira, o autor descreve os aspectos positivos do comando, as energias, formas e regras seguidas por quem pretende se tornar um líder; na segunda, o italiano analisa o perfil de diversos chefes e líderes de Estado e, na última, ele descreve os aspectos negativos do poder. E Alberoni adianta: "Um dos erros mais graves que um líder pode cometer é pensar que fez tudo sozinho."
Para dar um embasamento filosófico aos seus argumentos, Alberoni cita alguns autores, entre eles o sociólogo Max Weber. Para o pensador alemão, existem três tipos de poder legítimo: o tradicional, o carismático e o legal. Em A arte de comandar, Alberoni mostra os erros cometidos por quem desrespeitou essas categorias de poder. "Não se levam milhões de homens à vitória e à morte se não lhes transmite uma fé, um ideal, uma segurança imensa."
Para Alberoni, o líder deve ter percepção suficiente para colocar o profissional certo no lugar correto e a sensibilidade de "nunca colocar uma pessoa inadequada numa posição muito elevada e para a qual ela não está capacitada". Para ele, o funcionário que se vê nesta situação acumula uma mistura de falsa humildade, inveja e ódio contra aqueles que são melhores do que ele. É o que se chama ressentimento.
A aflição e ansiedade de um líder também são questões importantes levantadas no livro, principalmente no setor privado. "Qualquer empresa, mesmo a mais nobre, mesmo a mais desinteressada, desperta sempre inveja, rancor, hostilidade, ódio." É o caso dos que dizem "sim" apenas por oportunismo e dos que se dizem amigos mas que no fundo, no fundo, nada mais são do que concorrentes.
O estadista e estrategista Napoleão Bonaparte é constantemente citado por Alberoni. Para o autor, um dos aspectos mais interessantes do líder francês é a sua capacidade de ser cuidadoso e entender o perfil de seus subordinados, reconhecendo seus sonhos, ideais, frustrações e problemas. Líderes militares – como o próprio Napoleão, ou ainda Alexandre Magno e César – que vivem no meio dos soldados conquistam a confiança e a devoção das tropas e, automaticamente, alcançam glórias e vitórias.
O AUTOR
O médico e filósofo Francesco Alberoni nasceu em 1929, em Piacenza, na Itália. Considerado um dos nomes mais importantes da moderna sociologia na Europa, tornou-se conhecido em todo o mundo com a sua teoria do estado nascente, dos movimentos coletivos, do enamoramento e do amor. Professor da Universidade IULM, de Milão, introduziu novas problemáticas e sugestões à pesquisa sociológica. Dele a Rocco publicou cinco livros, entre eles a trilogia Enamoramento e amor, O erotismo e A amizade.