Nos indecisos anos 80, Ana paira sem raízes por Rio de Janeiro, Paris e Los Angeles. Treinada para matar, a jovem que recebe aos 25 anos sua grande encomenda —assassinar o cineasta Orson Welles — só se sente em casa em um lugar: na pista de dança, com as notas graves das sombrias canções noturnas reverberando em sua caixa torácica.

Para reconstruir a década de 1980 em seu segundo romance, Antônio Xerxenesky empreendeu um mergulho musical. Mas a importância da música em F extrapola a contextualização histórica e a trilha sonora das festas e situações narradas. Para o autor gaúcho, eleito pela Granta como um dos 20 melhores jovens escritores brasileiros, as canções compõem o próprio tecido narrativo desse romance escrito em um sintetizador.

☛ O som das máquinas, Antônio Xerxenesky apresenta F
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