Os primeiros professores de Hogwarts
Professores de Hogwarts 1/6 - por Pedro Martins25 de janeiro de 2017
Há mais de mil anos, antes mesmo da histórica caça às bruxas em Salém e numa época em que nem mesmo o Prof. Binns havia nascido, a magia já era perseguida na Europa. Vendo na repressão a receita perfeita para desastres – como os Obscuros –, os quatro maiores bruxos e bruxas da época se juntaram a fim de fundar o que hoje conhecemos como a maior escola de magia e bruxaria do mundo: a lendária Hogwarts.
Para escolher a dedo os alunos que mais compartilhavam de seus valores, e também propiciar a eles um ambiente familiar e de afinidades, quatro casas foram criadas dentro da escola. Além do nome, elas carregam as personalidades fortes e distintas de seus fundadores:
Rowena Ravenclaw
No quesito inteligência, Rowena Ravenclaw certamente era uma bruxa à frente de seu tempo. Uma teoria popular na História da Magia conta que ambos, o nome e a localização de Hogwarts, foram escolhidos por ela: nascida na Escócia, sonhou que um javali a conduzia a um penhasco perto do Grande Lago. Muito criativa, foi a responsável até mesmo pela planta do castelo, constantemente em mudanças, visando ao aperfeiçoamento.
Com isso em mente, não é preciso dizer que Rowena escolhia ensinar somente aqueles com as mentes mais afiadas. Tais valores lhe eram tão importantes que ela chegou a criar um diadema, que – reza a lenda – ampliava estratosfericamente a inteligência de quem o usasse.
De sua casa, surgiram grandes bruxos e bruxas, do tradicional Prof. Flitwick à amável Luna Lovegood, que, de certa forma, quebra paradigmas da casa ao trazer consigo um tipo diferente de inteligência.
Salazar Slytherin
Que Salazar Slytherin era um homem muito inteligente, não há como negar. Mas, diferente de Rowena, ele usava tal sabedoria apenas para conquistar seus objetivos. Ofidioglota e legilimente, Salazar era ambicioso – e não há nada de mal nisso; afinal, engana-se quem pensa que todos os Sonserinos são maquiavélicos e seguidores das trevas. Salazar, no entanto, não conhecia limites. E seu grande ideal era o preconceito: ele acreditava que a magia devia ser ensinada somente àqueles em cujas veias corressem sangue inteiramente mágico. Filhos de trouxas não eram dignos de confiança; nada mereciam.
Dos três outros fundadores, Gryffindor não só foi o que mais desaprovou sua trouxofobia como também o que realmente bateu de frente com Slytherin.
Com os frequentes desentendimentos, Slytherin decidiu abandonar a escola. Mas não a causa. Antes de sair, construiu uma câmara secreta no castelo, e a impregnou com um monstro – o basilisco, rei das serpentes –, acreditando que, por meio de um futuro herdeiro, enfim conseguiria expurgar da escola todos os indignos de estudar magia. Ainda que isso demorasse mais de um milênio.
Godrico Gryffindor
Godrico se opôs a Salazar como se oporia a qualquer um que fosse contra sua bondade e nobreza, ainda que isso significasse pôr a própria vida em risco. Mas não se enganem! Ainda que tenha sido o maior defensor dos nascidos-trouxas, não aceitava todos os alunos em sua casa. Seu quesito de escolha era claro: a coragem. A preocupação em escolher bem os estudantes era tamanha, que chegou a oferecer seu próprio chapéu para ser encantado e usado como método de seleção após sua morte.
Era também o maior duelista bruxo de seu tempo, além de um exímio lutador ao estilo trouxa – prova disso é sua espada de rubi, que ficou como legado aos mais bravos estudantes de sua casa, tendo chegado, inclusive, às mãos do próprio Harry.
Helga Hufflepuff
Neste ambiente de segregação, como ficaria aquele que cruzasse os portões de Hogwarts sem extrema inteligência, ambição ou coragem?
Sem ter criado objetos superpoderosos, Helga Hufflepuff nos deixou a maior das relíquias – e aquela que nunca foi motivo de cobiça e desavença; uma das mensagens mais bonitas, e certamente a mais importante, de toda a série Harry Potter: a aceitação. “Ensinarei a todos e os tratarei como iguais”, dizia Hufflepuff, que se recusava a segregar os estudantes.
Sua bondade não se atinha somente aos alunos. Com grande apreço por feitiços relacionados à culinária, foi ela quem arranjou para que os elfos-domésticos trabalhassem nas cozinhas de Hogwarts, onde não seriam maltratados como costumeiramente eram nas casas de seus mestres.
Independentemente de como você seja, na aconchegante Lufa-Lufa sempre haverá um espaço para você. Como o Chapéu Seletor sabiamente canta, lá encontrará “moradores justos e leais / Pacientes, sinceros e sem medo da dor”. Prova disso, temos Cedrico Diggory, um dos campeões tribruxos, e Newt Scamander, que, expulso de Hogwarts após assumir os crimes da amiga Leta Lestrange, percorreu o mundo a fim de documentar e proteger animais fantásticos numa época em que eles eram proibidos.
Pedro Martins, escolhido como Grifinório pelo Pottermore e todos os outros testes online, ao escrever este artigo apreciou mais do que nunca a figura de Helga Hufflepuff. Apesar de nutrir grande paixão por sua casa, neste exato momento está se perguntando por que não é um Lufano. Seria pedir demais uma conversa particular com o Chapéu Seletor?
A série de textos Professores de Hogwarts é parte da programação da Harry Potter Book Night 2017, que tem como tema os mestres da escola de magia e bruxaria mais famosa do mundo. Para mais informações sobre os eventos, que ocorrem no dia 02 de fevereiro, clique aqui.
Adorei o texto, muito bem inscrito e parabéns
obs.: só faltou a foto da espada de Gryffindor kkkk
Tenho muito orgulho da minha casa Lufa-Lufa. Em todos os testes incluíndo o teste do PotterMore eu sempre sou escolhida para essa adorável casa. Lufa-Lufa é uma casa simples, é modesta, mas pode ter certeza que lá você encontrará lealdade, paciência, e pessoas justas !
Eu sempre gostei muito da Grifinória, mas, no teste do Pottermore, fui escolhida para a Lufa-Lufa. Confesso que, na hora, fiquei triste. Queria muito a Grifinória. Mas, depois de ler sobre a casa, fiquei feliz de ter sido escolhida como uma Lufana. ????
Que legal, Adriana!
Todas as casas são maravilhosas em algum aspecto!
E, os lufanos com certeza são as melhores pessoas! =D
Ameeeeeeei o texto <3
Rindo demais do "…neste exato momento está se perguntando por que não é um Lufano. Seria pedir demais uma conversa particular com o Chapéu Seletor?" HAHAHAHAHAHA
Adoro Lufa Lufa e Grifinória =D
Parabéns, Pedro! Beijão