“Desenhando” com letras

17 de dezembro de 2015


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Da Grécia antiga aos nossos dias, Anfiteatros são espaços de reunião pública voltados à discussão política e à difusão do conhecimento. O novo selo de ideias e debates da Rocco se inspira nessa tradição para oferecer aos leitores o que há de mais inovador na produção dos principais intelectuais e pensadores de nosso tempo. Com um olhar atento às principais tendências no campo das artes e das ciências sociais e humanas, o selo Anfiteatro chega às prateleiras para oferecer livros que desafiam o saber estabelecido e oferecem novas perspectivas sobre as origens e o futuro da sociedade moderna, atendendo a um público extenso que engloba não só professores e estudantes universitários, mas qualquer um em busca de obras de referência nas áreas de história, comportamento, ciências sociais e políticas e questões contemporâneas.

Para dar cara ao projeto, encabeçado pela equipe editorial da Rocco, o designer Pedro Lima foi escalado para criar a logomarca do selo, que já está nas livrarias com dois elogiados livros de estreia: A Comuna de Paris, do renomado historiador John Merriman, e Cubiculados – A história secreta do local de trabalho, de Nikil Saval. A partir do conceito do selo como um espaço de debate em que a tradição e o novo se encontram, Pedro iniciou o processo de pesquisa para dar início ao trabalho. A imagem de um anfiteatro clássico seria a primeira referência, mas também a mais óbvia. Procurando fugir dela, o designer, que é fã das capas de livros do norte-americano Peter Mendelsund, foi buscar a solução no grafismo. “Queria uma coisa menos literal”, diz Pedro, que elegeu a letra A como símbolo da marca.

Daí pra frente, foram vários estudos de fontes até chegar ao formato final.

Primeira fonte arredondada

Uma das primeiras fontes testadas foi desenhada pelo próprio Pedro Lima e tinha um formato arredondado. “Sempre gostei de trabalhar com a fonte enquanto desenho”, afirma Pedro. E foi justamente “brincando” com a fonte Didot que ele chegou a uma imagem que o agradou bastante. Replicando aquele A clássico e serifado, ele viu surgir uma espécie de arquibancada, que dialogava perfeitamente com a ideia de um anfiteatro.

A replicado

 

O A em fonte Didot replicado remeteu o designer à estrutura de uma arquibancada. Testando diferentes formas de usá-lo, Pedro eliminou uma das pernas da letra, chegando a uma imagem original e de fácil identificação.

A cortado sobre arquibancada

arquibancadas

Assim, em duas semanas de trabalho dedicadas integralmente ao projeto, nascia a logomarca do selo Anfiteatro. Quando apresentou a imagem à equipe editorial, ela foi aprovada de primeira. Era ao mesmo tempo simples e elegante, clássica e moderna, traduzindo perfeitamente o espírito do selo.

Também faz parte do trabalho do designer gráfico pensar as diferentes formas de aplicação da marca, não só nos livros, mas em outros meios, como material promocional, press releases etc. Assim, foram criadas três variações de uso da logo:

Formas de usar a logo

No topo, a logo com o nome do selo por extenso, usada na quarta-capa dos livros; no meio, a marca que aparece na frente, mais sutil, de modo a interferir o mínimo possível na capa do livro. Outra curiosidade a respeito da aplicação da logomarca nas capas do selo Anfiteatro é que ela aparece no canto inferior esquerdo, encontrando a lombada do livro, diferentemente do uso padrão, normalmente centralizado ou à direita; por último, a marca por extenso, usada sobretudo em material de apoio e divulgação.

TAGS: Anfiteatro; Selo; ideias; debates; Pedro Lima; logomarca; criação,

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