Brochadas: confissões sexuais e invenções literárias

Jacques Fux dá “prova” de seu novo livro na Casa Rocco na Flip
29 de junho de 2015


Jacques

Ganhador do Prêmio São Paulo de 2013 na categoria autor estreante, Jacques Fux lança em agosto, pela Rocco, Brochadas. No ousado romance, o escritor mineiro volta a embaralhar as fronteiras entre ficção e realidade e propõe uma “Ilíada da impotência”, remontando ao passado da humanidade e a suas próprias origens judaicas em busca de respostas culturais, sociais, biológicas, místicas, artísticas e etimológicas para uma questão milenar: o funcionamento ilógico do pênis. Ao mesmo tempo, mergulha nas lembranças de seus amores passados – ou, mais especificamente, em seu currículo de brochadas – para traçar aquilo que chama de “autoanálise ficcional selvagem”.

Brochadas poderá ser “degustado” já nesta semana, em Paraty, como tema de palestra gratuita “Brochadas: confissões sexuais e invenções literárias”, da Casa Rocco na Flip (veja a programação completa). Sob mediação do nosso editor Pedro Vasquez, Fux e a crítica e professora da USP Eliane Robert Moraes debaterão sobre as intercessões entre literatura e erotismo.

O evento, que acontece no sábado, 3, às 19h, terá ainda sorteio de kits antibrochante. Confira abaixo detalhes do kit:

Kit Antibrochante (unissex)

Mix de nozes:
Hipócrates (460 a.C.-370 a.C.) considerado uma das figuras mais importantes da história da saúde, chamado “pai da medicina”, dizia que: “legumes, cereais e nozes continham ar e calor necessários para ‘erguer’ a paixão.” Também recomendava o uso de “Cantárida (feita do corpo triturado do besouro) para evitar a brochada”.

Dente de crocodilo:
O maior catálogo de antibrochantes foi escrito por Plínio, o Velho. Caio Plínio Segundo (23-79) recomendava: “usar no pescoço o molar direito de um crocodilo para garantir a ereção nos homens.” Também indicava o consumo de “alho-poró, coentro fresco, aspargos para excitar o desejo sexual do casal”.

Cebolinha e chalota:
Marco Valerio Marcial (40-104), poeta latino, escreveu em seus Epigramas: “se o teu desejo diminui e afrouxa o ‘nó nupcial’/ tua comida será cebolinha/ teu banquete será de chalota.”

Açafrão e anis:
Paulo de Égina (625–690) médico grego bizantino, conhecido por ter escrito o Compêndio Médico em Sete Livros sugeria: “moluscos, nabo, ervilha, anis, açafrão, mel, grão-de- bico e vinho contra o mal da impotência e da falta de vontade feminina.”

Aveia:
Durante o século XIX, os médicos recomendavam: “evitar café, chá, conhaque e tabaco e se fartar de arroz, milho, pão, aveia, frutas, já que a impotência sexual também significa impotência em tudo: impotência mental, física, social, literária etc.”

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