5 livros sobre saúde mental
Confira as nossas dicas para o Setembro Amarelo.
28 de novembro de 2021
O mês de setembro, conhecido como o Setembro Amarelo, é a oportunidade de focar na importância da saúde mental e, claro, na prevenção ao suicídio. Apesar de um assunto delicado, separamos alguns livros que trazem essas abordagens. Acreditamos que é importante abrirmos as discussões sobre nossos sentimentos.
Depressão não é frescura!
Qual é o sentido de acordar todas as manhãs se seu coração parece um buraco negro cada vez maior? Aysel tem dezesseis anos e não quer mais viver – só está à espera do momento certo para acabar com a própria vida. Há apenas um problema: ela não sabe se tem coragem de fazer isso sozinha. Quando conhece Roman em um site de suicídio, ele parece o cúmplice perfeito para seus planos. Aysel e Roman não têm nada em comum, mas aos poucos começam a preencher a vida um do outro. No entanto, seu pacto de suicídio torna-se mais concreto a cada dia, e, à medida que os dois planejam a morte conjunta, Aysel começa a perceber que os encontros com Roman a deixam feliz, que seu coração também pode ser leve e alegre. E de repente a ideia de terminar com tudo começa a parecer insuportável. Aysel precisa lutar. Por sua vida. Pela vida dele. E pelo amor dos dois.
Nuvens de Ketchup
Zoe guarda um terrível segredo que não ousa contar para ninguém que conhece. Um dia, porém, ela ouve falar sobre um criminoso no corredor da morte e encontra neste improvável interlocutor a pessoa perfeita para confessar seu crime. As cartas de Zoe constroem uma trama de segredos, mentiras e amor e tratam de todo o seu mundo: sua família, seus amigos, sua rotina, seus sonhos, suas obrigações, seus desejos, seu humor sarcástico e, especialmente, sua imensurável culpa. Através dessa perspectiva, a família da garota ganha vida. Com o casamento abalado, os pais da adolescente tentam manter-se unidos apesar dos atritos. Um segredo bem guardado é o pivô de muitas discussões entre eles, e as brigas constantes dos pais afetam Zoe e as duas irmãs mais novas. A confusão familiar é o estopim para que Zoe comece também a ter uma vida cheia de segredos, culminando no seu envolvimento em um triângulo amoroso com consequências devastadoras em sua vida. As inúmeras dimensões de Zoe prenderão o leitor na tensão e equilíbrio que permeiam as páginas de Nuvens de Ketchup. A narrativa cativante, que expande os limites do romance juvenil, traz consigo todo o poder que a imaginação, as emoções palpitantes, o desabrochar da juventude e os erros cometidos por inexperiência dão à vida. Nos momentos mais difíceis, é importante parar e se permitir observar o sol se pôr, pintando as nuvens de vermelho, como ketchup. Vencedor do prêmio Edgar Allan Poe na categoria melhor livro juvenil e aclamado pela crítica especializada, Nuvens de Ketchup é o segundo romance da autora inglesa Annabel Pitcher. A leitura perpassa temas profundos da natureza humana como culpa, morte, remorso, família e desejo não correspondido. Revelação no mundo literário contemporâneo, Pitcher constrói um cotidiano cheio de curvas, desencontros, decepções e surpresas, desenvolvendo uma aura íntima de relações com a qual o leitor cria uma conexão imediata.
Gente ansiosa
A busca por um apartamento não costuma ser uma situação de vida ou morte, mas uma visita imobiliária toma tais dimensões quando um fracassado assaltante de banco invade o apartamento e faz de reféns um grupo de desconhecidos. O grupo inclui um casal recém-aposentado que procura sem parar, casas para reformar, evitando a verdade dolorosa de que não é possível reformar o casamento. Há um um casal que, prestes a ter o primeiro filho, não concorda sobre nada. Acrescenta-se uma mulher de 87 anos que já viveu demais para temer uma ameaça à mão armada, um corretor imobiliário assustado, mas ainda disposto a vender, e um homem misterioso que se trancou no único banheiro do apartamento, e assim completamos o pior grupo de reféns do mundo. Cada personagem carrega uma vida de reclamações, mágoas, segredos e paixões prestes a transbordar. Ninguém é exatamente o que parece. E todos ― inclusive o ladrão ― estão desesperados por algum tipo de resgate. Conforme as autoridades e a imprensa cercam o prédio, os aliados relutantes revelam verdades surpreendentes e desencadeiam eventos tão inusitados que nem eles próprios são capazes de explicar.
As vantagens de ser invisível
Manter-se à margem oferece uma única e passiva perspectiva. Mas, de uma hora para outra, sempre chega o momento de encarar a vida do centro dos holofotes. Mais íntimas do que um diário, as cartas de Charlie são estranhas e únicas, hilárias e devastadoras. Não se sabe onde ele mora. Não se sabe para quem ele escreve. Tudo o que se conhece é o mundo que ele compartilha com o leitor. Estar encurralado entre o desejo de viver sua vida e fugir dela o coloca num novo caminho através de um território inexplorado. Um mundo de primeiros encontros amorosos, dramas familiares e novos amigos. Um mundo de sexo, drogas e rock’n’roll, quando o que todo mundo quer é aquela música certa que provoca o impulso perfeito para se sentir infinito. A luta entre apatia e entusiasmo marca o fim da adolescência de Charlie nesta história divertida e ao mesmo tempo instigante.
Lembra aquela vez?
Por que a felicidade tem que ser tão difícil? Aaron Soto, um jovem de 16 anos, está crescendo no Bronx dos dias atuais, em Nova York, poucos meses depois de tentar o suicídio e de encontrar seu pai morto com a própria navalha de barbear. Enquanto sua mãe confere folhetos do Leteo, um novo e polêmico instituto que realiza cirurgias para apagar memórias dolorosas, Aaron se reaproxima de sua devotada namorada, Genevieve, que o apoiou nos momentos difíceis, e da galera do seu bairro, que não teve a mesma atitude. Então, Aaron conhece Thomas, um garoto do conjunto habitacional vizinho. Os dois se tornam grandes amigos imediatamente, e Aaron se vê compartilhando coisas jamais por ele compartilhadas, nem com Genevieve. Logo fica claro para todos ao seu redor que Aaron está se apaixonando por Thomas, o que é um problema – a relação com Gen, desta vez, é séria – e perigoso: Não é nada fácil ser gay quando você é pobre e mora no Bronx. De repente, quando os antigos amigos de Aaron o agridem para ensinar uma lição (para o seu próprio bem, é claro), ele bate com a cabeça e algo estala… e novas memórias começam a emergir. Parece que Aaron já foi submetido ao procedimento do Leteo. Mas para esquecer o quê?