Imagem de LUCIANA HIDALGO

O AUTOR

Luciana Hidalgo era repórter do Jornal do Brasil quando teve a ideia de escrever Arthur Bispo do Rosario – O senhor do labirinto. Lançada em 1996, a biografia foi um grande sucesso de mídia e crítica, rendendo à autora um prêmio Jabuti na categoria Reportagem. Ao longo das décadas, tornou-se uma obra de referência nos estudos acadêmicos sobre Bispo e em 2011 ganhou nova versão, atualizada e revista pela autora. Em 2012, virou filme, o homônimo O senhor do labirinto, lançado nos cinemas pela Tibet Filmes.

A partir desse primeiro livro, Luciana migrou do jornalismo para a literatura, primeiramente na área acadêmica. Fez doutorado em Literatura Comparada na Uerj e transformou a sua tese no ensaio Literatura da urgência – Lima Barreto no domínio da loucura, pelo qual ganhou seu segundo prêmio Jabuti, na categoria Teoria/Crítica Literária (2009).

Em seguida, fez pós-doutorado na Uerj, período em que deu aula no Instituto de Letras, e um segundo pós-doutorado, dessa vez na Sorbonne (Université Paris 3), na França. Escreveu inúmeros artigos sobre literatura em jornais, revistas e livros, além de dar palestras em universidades e centros culturais, no Brasil e na Europa.

O livre trânsito entre “real” e “ficcional”, literariamente exercitado pela autora desde Arthur Bispo do Rosario, a levou a escrever O passeador, romance centrado na vida de Lima Barreto e em suas andanças pelo Rio de Janeiro da Belle Époque. Contemplado com a prestigiosa Bolsa Funarte de Criação Literária, esse livro foi também finalista dos prêmios Jabuti, São Paulo Literatura e Portugal Telecom (2012).

Pesquisadora-associada à Sorbonne (Université Paris 3), Luciana Hidalgo se dedica exclusivamente à pesquisa e à escrita de suas ficções, alinhadas à reflexão e a um apuro estético da linguagem. Seu romance mais recente é Rio-Paris-Rio, a história de um casal de jovens brasileiros que se exila em Paris em 1968 para fugir da ditadura no Brasil. A autora reforça nesse livro um traço muito presente em toda a sua obra: a identificação com aqueles que vivem à margem, com suas realidades próprias, personagens marcantes que proporcionam uma literatura contundente. 

Comente  
Instagram