1- Veronica Rossi é Brasileira

É como dizem: o melhor do Brasil é o brasileiro, não é mesmo? A literatura brasileira, especialmente a literatura fantástica e de ficção cientifica é pouco conhecida por nós mesmos e não é raro nos surpreendemos com a qualidade dos nossos autores conterrâneos. Veronica Rossi nasceu no Rio de Janeiro e hoje vive na Califórnia, a trilogia Never Sky é sua estreia na literatura… e que estreia!

2 – Os personagens são encantadores

Ária, Perry, Roar e todos os outros são impressionantemente bem desenvolvidos ao longo das 300 e poucas páginas do livro. Suas emoções, sentimentos e personalidades são tão bem descritas e trabalhadas quantas suas características físicas. Respeitando a história de cada personagem bem como seus instintos e anseios a autora soube como desenvolver o fio narrativo com maestria para cada um, atuando como uma verdadeira artesã ao nos apresentar cada uma de suas criações.

3 – Distopia + Ficção Científica

Para quem é fã das famosas distopias como Jogos Vorazes e Divergente vai se encantar de imediato com o enredo de “Never Sky”. O cenário distópico é perfeitamente mesclado com aquelas boas ficções científicas que especulam sobre o futuro. De controle genético a experiências virtuais capazes de estimular os 5 sentidos, a vida nos núcleos nos leva a refletir sobre um modelo de vida e relações sócias para a qual o uso de tecnologia pode estar nos levando.

4 – Esqueça os Clichês

Nada de romance de derreter o coração do começo ao fim do livro. Nada de grandes heróis ou grandes heroínas. Ainda que seja a protagonista da história, Ária tem um papel muito mais importante do que “ser a mocinha” ou “ser a vilã”. Perry igualmente não é estereotipado assim como nenhum dos outros personagens, as situações em que são submetidos os levam a agir como o esperado na situação e não como os papéis que eles desenvolvem dentro da trama. Ótima leitura para quem gosta de se surpreender.

5 – O enredo é fantástico

A trama da história começa de forma sutil e toma um ritmo alucinante que te faz prender o ar enquanto lê e de repente acabou o livro. A narrativa é bem amarrada, de forma natural e delicada, conquistando a cada nova página, a atenção e a curiosidade do leitor. Os elementos são apresentados como um tipo de quebra-cabeça inclusive com flashbacks da vida de Ária em Quimera e nos Reinos bem como o passado do planeta antes da chamada “União”. Enfim, é um livro imperdível.

Alexandre Moreira, do Portal Caneca, é educomunicador, universitário, jogador de RPG, Whovian, confuso e serelepe.